Incerteza
Tento perceber tudo o que tem condicionado a minha vida,
e cheguei à conclusão que a incerteza, entre outras coisas, é ela que me corrói
mais.
Desde cedo somos obrigados a tomar uma decisão, qual
o curso que queremos optar, qual a vida que queremos seguir, depois tomamos a
decisão e quando nos deparamos com a nossa vida, enrolada numa bola de neve,
percebemos que talvez aquele impasse no passado tenha tido alguma importância e
razão de o ser.
Depois chega a incerteza se queremos continuar ou
desistir da decisão que foi tomada, sabemos que se decidirmos continuar, que as
coisas só vão continuar mais enroladas, por mais que o bom senso diga que já
está quase a acabar que depois já tudo terá passado e que não podemos ter outra
vida além dessa que escolhemos.
Por outro lado, se desistirmos, para além de sermos
condenados por milhões de pessoas, ainda temos que começar tudo de novo, e
muitas vezes o esforço de anos fica reduzido a nada. Sim, a nada! E, isso custa
muito.
Mas, mais recentemente, cheguei à conclusão que a
incerteza, para além de condicionar o nosso quotidiano através das decisões que
tomamos no dia-a-dia, ainda está presente quando nos surge uma doença, ou
várias doenças, ou quando a velhice começa a atacar. Em que não sabemos se a
temos ou não, e isso prova danos colaterais noutras vertentes, como poderemos escolher
entre a cegueira e o corte de uma perna? Se soubéssemos a verdade, se, realmente,
temos a doença, mais facilmente faríamos uma escolha, então aí, poderíamos
saber que consequências iríamos enfrentar, agora ou no futuro.
Provavelmente, queríamos fazer alguma coisa para
melhorar o nosso dia-a-dia, ou em vez de estarmos a levar com consequências
desnecessárias, apenas lidaríamos com aquelas que são mesmo necessárias.
Não sei se alguma vez se depararam com algo assim,
mas se sim, gostaria de saber as vossas opiniões.
<3, F.
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