quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tema da Semana #8

Pensamentos


Sempre que passo por estas ruas, não posso deixar de me sentir nostálgica.
Quantos sonhos já se perderam nestas ruas? Não posso deixar de os relembrar a todos, fizeram todos parte de mim, e a verdade é que perdi-os pelo caminho.
Muitas vezes, até me perdi a mim mesma, embora tenha encontrado o caminho certo ou errado, não interessa na verdade, para casa.

<3, F.

domingo, 17 de março de 2013

Tema da semana #7

Um pequeno grande detalhe



Não sei como é que um pedido de desculpas pode ter um papel tão importante na reconstrução de uma relação com alguém. Mesmo, quando estamos magoados, atropelados, rasgados, a palavra: desculpa-me; saída da boca da pessoa que nos passou por cima, que nos magoou tão profundamente, pode determinar, exactamente, que rumo seguirá a relação.
Como tal, acho que um pedido de desculpas, desde que seja sincero, é um pequeno grande detalhe e que pode fazer toda a diferença. Visto que não é só a palavra em si que importa, mas sim tudo o que ela trás com ela.
“Desculpa-me”, significa que a pessoa está a abdicar do seu orgulho, do seu amor pessoal e a demonstrar a falta que o próximo lhe faz, e já para não falar, que significa reflexão, por parte do magoante que sabe que errou, e que está arrependido, mesmo que lhe corte a alma admiti-lo.
Muitas vezes, devíamos ser capazes de pensar não em nós, mas sim no sofrimento que causamos ao próximo e em especial, ás pessoas de quem mais gostamos, e como tal, devíamos reflectir sobre as nossas acções, e contabilizar quantos pedidos de desculpas deixamos de fazer e certificarmo-nos de que realmente, foi melhor assim.
Mesmo que passem anos, mesmo que a história doa menos, se for sincero, penso que remexer no assunto, não fará mal a ninguém, desde que a conversa seja construtiva e mesmo que não mude em nada, em termos práticos a nossa vida. Penso, vivamente, que se o fizermos, que pelo menos um alivio vamos ter e que adormecer, será muito mais prazível e fácil de fazer. 


<3, F.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Tema da semana #6

Tatuagens  


Cada vez mais, penso no que quero tatuar no meu corpo. Mas a primeira tatuagem é sempre uma decisão séria.
Para quem gosta, deixo aqui algumas ideias:





Gostaria de saber as vossas opiniões,

<3, F.

terça-feira, 5 de março de 2013

Tema da semana #5



Incerteza



Tento perceber tudo o que tem condicionado a minha vida, e cheguei à conclusão que a incerteza, entre outras coisas, é ela que me corrói mais.
Desde cedo somos obrigados a tomar uma decisão, qual o curso que queremos optar, qual a vida que queremos seguir, depois tomamos a decisão e quando nos deparamos com a nossa vida, enrolada numa bola de neve, percebemos que talvez aquele impasse no passado tenha tido alguma importância e razão de o ser.
Depois chega a incerteza se queremos continuar ou desistir da decisão que foi tomada, sabemos que se decidirmos continuar, que as coisas só vão continuar mais enroladas, por mais que o bom senso diga que já está quase a acabar que depois já tudo terá passado e que não podemos ter outra vida além dessa que escolhemos.
Por outro lado, se desistirmos, para além de sermos condenados por milhões de pessoas, ainda temos que começar tudo de novo, e muitas vezes o esforço de anos fica reduzido a nada. Sim, a nada! E, isso custa muito.
Mas, mais recentemente, cheguei à conclusão que a incerteza, para além de condicionar o nosso quotidiano através das decisões que tomamos no dia-a-dia, ainda está presente quando nos surge uma doença, ou várias doenças, ou quando a velhice começa a atacar. Em que não sabemos se a temos ou não, e isso prova danos colaterais noutras vertentes, como poderemos escolher entre a cegueira e o corte de uma perna? Se soubéssemos a verdade, se, realmente, temos a doença, mais facilmente faríamos uma escolha, então aí, poderíamos saber que consequências iríamos enfrentar, agora ou no futuro.
Provavelmente, queríamos fazer alguma coisa para melhorar o nosso dia-a-dia, ou em vez de estarmos a levar com consequências desnecessárias, apenas lidaríamos com aquelas que são mesmo necessárias.
Não sei se alguma vez se depararam com algo assim, mas se sim, gostaria de saber as vossas opiniões. 


<3, F.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Tema da semana #4




Desistir


Talvez há uns tempos diria que é necessário saber quando desistir, dir-vos-ia que, realmente, é muito importante reconhecer uma causa perdida, mas hoje, percebo que mais importante do que reconhecê-la é verificar se a causa é, realmente, perdida e que não podemos dar mais do que tudo o que demos até agora.
Aprendi esta semana, que quando nos dói muito, somos persuadidos a desistir, normalmente é o caminho mais fácil a seguir, mas, talvez seja importante, torcermo-nos e contorcermo-nos mais um pouco e dar mais um pouco de nós.
Somos sempre capazes de dar mais, o nosso corpo aguenta, sempre, mais uns passinhos de corrida, mais uns minutos de caminhada, e, a nossa mente também aguenta, desde que haja boa vontade e persistência.
Em suma, acho que é preferível, atingir todos os níveis de saturação e de persistência, do que anos mais tarde, ou até mesmo no dia seguinte, pensar: “será que não devia … ?”
A dúvida, para mim, é muito mais pesarosa do que o arrependimento de ter feito, por isso, normalmente opto por ir até ao fim, mas, tal como todos nós, já desisti de muitas coisas. E, é por ter desistido dessas mesmas, que agora tento lutar sempre até à última oportunidade, mas dói muito, muitas vezes o caminho é bem longo e cheio de obstáculos, mas já como diria o nosso querido Fernando Pessoa: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena.” E, é com esta filosofia que tento viver a minha vida, com altos e baixos, com arrependimentos ou não, mas acho que se tivesse que pesar numa balança os maus investimentos e os bons, diria que os bons são muito mais, até porque com maus podemos tirar, sempre, boas lições de vida.

<3, F.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Tema da semana #3



Saudade


Subo o muro, o tempo recua.
Revejo-me a entrar na tua casa, sinto a tua presença, vejo o teu sorriso, acolhedor como sempre, a tua segurança conforta-me.
Oiço umas vozes e a realidade volta: rostos fechados, olhares vazios, sorrisos apagados.
A insegurança e a exaltação tomam conta de mim, o ritmo cardíaco aumenta, a respiração torna-se mais curta, o passo apressado, até que, olho para o mar, estendo a minha mão, e, lá estás tu, novamente, com esse sorriso, quase que sinto o teu abraço, aquele abraço de chegada, como sempre demos.
Perco-te, novamente, é fim de tarde, o mar está agitado, gotas salgadas tocam no meu rosto, o vento trespassa o corpo, a melancolia e a saudade pesam-me a alma. Vejo pessoas apressadas, correm contra o tempo, não há felicidade, não há calma. A cidade perdeu o encanto, está tão vazia, tão cinzenta, tão suja.
Com o passo mais calmo, olho novamente o mar, aquela agitação, revejo-me naquele silêncio, confortável, noutro espaço, noutro tempo, noutro muro, sem pessoas, sem rostos frios, sem pressas, sem ruídos; sei que, aí, posso encontrar-te, posso sentir-te novamente perto de mim, a saudade diminui, a alma torna-se mais leve.
Mas, a realidade volta, sinto-me pequena, esmagada, sei que é inútil procurar-te, a tua casa está vazia, fria, só o cheiro permaneceu. A tristeza espalha-se, as lágrimas correm-me o rosto, a alma pesa-me, os olhos fecham-se, não há calma, não há tempo, não há silêncio, não há conforto.

<3, F.

 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Tema da semana #2




 Memória


É tão difícil fazer uma memória, desaparecer da nossa vida, da nossa mente. Por mais, que queiramos agarrar todas as memórias e atirá-las para bem longe da nossa alma, é tão difícil fazê-lo. E, não é porque ainda as queremos perto de nós, é porque, de certa forma, marcaram a nossa vida como uma tatuagem marca o nosso corpo.
Não há solução: um momento, uma vez passado, fica marcado na nossa mente, cravado na nossa alma para sempre. Mesmo que a recordação tome outra forma, e já não seja como era, mesmo que os anos passem e doa menos, ou nos atormente menos, ela está lá e vai estar sempre, mesmo que consigamos lidar com o que ela nos fez, ou faz sentir, ela vai estar sempre lá, e fará sempre parte da nossa história, da pessoa em que nos tornámos.
Quer queiramos, quer não, ela mudou-nos, acaba por nos mudar, tornou-se parte de nós, a partir do momento em que aconteceu, e, não há nada que altere. Ela, simplesmente, passou a ser parte de nós, alterou a nossa forma de pensar, de reagir, de sentir, de viver.
De um momento para o outro, passamos a ser algo que nunca fomos, e, por vezes, nunca imaginámos ser.
 «Como é que um simples momento pode mudar-nos para sempre?» Passo horas a remoer-me sobre esta questão, sem chegar a nenhuma conclusão suficientemente satisfatória, talvez, porque no fundo nem eu sei o que mudou.
Resta-nos apenas aprender a viver com a parte que ela mudou em nós e com o que essa parte nos faz sentir.



<3, F